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Archive for junho \20\-02:00 2009

UMA COISA NOTÁVEL

A Babilônia está em chamas – disse ele, enquanto servia mais um drink – e aqui estou, em um mundo ao qual não pertenço mais.

Lá vem, – ela pensou – mais um artista underground, bêbado, velho e com mais uma crítica de como qualquer coisa era melhor no passado.

“Eu sou mais rápido que você. Sou mais forte que você. E com certeza, vou durar muito mais que você. EU NÃO SOU O FUTURO, VOCÊ É. Se eu pudesse desejar alguma coisa, desejaria ser humano. Para saber o que significa ter sentimentos. Ter esperanças. Ter angústias. Dúvidas. Amar. Eu posso alcançar a imortalidade: basta não me desgastar. Você também pode alcançar a imortalidade: BASTA FAZER ALGUMA COISA NOTÁVEL…” – descreveu a propaganda que o colocara ali e continuou – esse é o tipo de propaganda que te faz sentir-se um traste. Mas então o que me leva a comprar este uísque se já não me sinto como ele? Um velho bem vivido e que continua caminhando. Vai ver é só porque bitter é bom, mas o uísque é melhor, e se vagorosa é  a morte com bebida, as festas Walker são as melhores.

A pior parte foi que ela concordou com ele.

Eu nunca ligo a Televisão, nunca vi esta propaganda, estou aqui pelo simples fato de abrir uma revista. Uma nota de canto: “Não perca, Keep Walking. O uísque que te dá uma festa. Compre sua garrafa e garanta sua entrada.” – concluiu.

Fato é que amanhã será o notícia no jornal. Um amontoado de pessoas, no fim da civilização do oeste, tão desesperados para sentir alguma coisa que acreditam que afogaram suas amarguras no sonho de vida que lhes é vendido. Salve o uísque. – disse, pouco antes de saírem juntos.

Na banquinha de jornal, do outro lado da rua, no dia seguinte, a manchete: “Após festa do uísque Walker, senhor conduz embriagado e tira vida de jovem.”

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Semana passada eu fui para o 17º Festival Mundial de Publicidade de Gramado, com uma galera da universidade. Pra quem estava lá algumas palavras ou frases seriam mais que o suficiente para relembrar toda a bagunça e alegria que envolveram aqueles três dias. Mas para quem não foi, um breve relato:

Chegamos em Gramado meio dia de quarta (3) e com muita fome. Achado um restaurante fomos pescar um barzinho pra tomar aquele aperitivo, pra iniciar bem. O bar encontrado era um clássico, com propagandas de alguns anos penduradas na parede e um clima totalmente jogatina, já dava o enrredo que a viagem seria inesquecível.

Antes de ir para o evento, pela tarde fizemos uma breve visita a alguns pontos turisticos da cidade, entre eles o Lago Negro. Apesar de toda a história dele e beleza natural, o que estava realmente afudê lá era toda a gurizada de várias cidades sentadas em volta, no gramado, curtindo um solzinho de meio de tarde no frio do Rio Grande de Sol. É uma imagem que não sairá de minha mente muito cedo.

Ah, o festival. Os nomes falavam por si próprios. Mas a verdade é que algumas palestras não passaram de painéis. Porém, muita coisa boa foi dita, e pra bom entendedor meia balavra basta, certo? Deveras é que apenas o fato de estar ali, respirando publicidade de todos os lados, com o feeling do momento, é algo que não tem preço. Como diria Walter Longo, em uma exclusiva concedida aos acadêmicos da Uniasselvi, evento é uma coisa única, pois você encontra muita gente interessante, e no fundo, gente continua sendo muito mais divertido e interessante que tecnologia.

Alguns acadêmicos em parceria com o NACOM – Núcleo de Apoio a Comunicação da Uniasselvi ainda fizeram a cabertura do evento para o Acontecendo Aqui,  e eu, apesar de nao contribuir muito, estava sempre junto dando apoio.

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Teve também as baladas, os banho frios, o chimarrão as quatro da matina, o vinho, e toda aquela mulherada linda, muito linda mesmo. Enfim, coisas que quem foi sabe, e não esquecerá.

Abraços.

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