Feeds:
Posts
Comentários

Archive for the ‘Filosofias?’ Category

Estar sozinho em casa no domingo é uma alegria, ninguém te acordando para ir almoçar, e sem preocupações com o que fazer ou quando fazer. Afinal, a casa é toda sua. Mas toda vez que eu tenho esses domingos, quase sempre caio em um dia de nostalgia, não sei porque.

Estava assistindo a primeira temporada de Californication desde que acordei, o que é uma coisa que não canso de fazer. House e Jack Bauer podem ter feito ótimas temporadas e tudo o mais, mas Hank Moody sempre será Hank Moody. O fato é que isso me lembra os bons tempos da cidade velha e levaram-me a pensar: será que eu não funciono aqui tão bem quanto lá?

Mesmo estando longe, eu ainda tenho contato com a old town, afinal vivemos na era da comunicação tecnológica, mas aqui eu não me sinto tão inpirado quanto lá. O que é um paradoxo, pois tenho estudado e obtido muito mais conhecimento aqui do que lá, o que deveria ser inspirador. Talvez seja só a falta dos amigos ou a falta de tempo para dedilhar o velho violão. Porém, o problema parece ser um pouco mais profundo.

Acho que a pouca criatividade vem pela falta de pessoas inteligentes ao meu redor, o que é complicado, e que nenhum novo amigo leia isto, um tanto desanimador. Mas voltando a Californication..hank

E eu aqui blogando, como diria o próprio Moody, um auto-ódio.

Read Full Post »

Eu nasci na época errada. Não que eu não goste do tempo em que vivo, toda essa tecnologia e opções, mas eu sinto falta de algo. Toda a globalização deixou o mundo meio chato, uma cultura muito massificada. Falta um movimento, uma nova onda.

Antigamente as pessoas se identificavam com o que liam, ouviam ou assistiam. Hoje elas , em sua grande maioria, só se identificam com a moda do momento, o último programa da televisão, com o que todo mundo está lendo. E assim elas vão migrando de uma moda à outra. Sem realmente ir fundo em algo e assumir aquilo como preferência. As pessoas estão extremamente momentâneas.

Hoje ninguém está nem aí pra muita coisa, consomem massivamente produtos pré-fabricados e esquecem a qualidade. Talvez o que falte seja o “politicamente incorreto”, o “faça você mesmo”. Algo que um dia você vai contar pros netos, como meus avós me contam: “No meu tempo, os Beatles eram um máximo, a gente saia na rua protestar, e às vezes esquecia do mundo e só queria se divertir”.

Quem viveu em décadas passadas pode falar, “no meu tempo nós praticávamos o flower power, usávamos umas droguinhas, mas tínhamos uma ideologia”, ou “vivíamos um lifestyle sexo, drogas e rock’n’roll, o punk tava em alta e éramos realmente rebeldes”. E nós? O mundo anda meio sem graça, não acha?

Read Full Post »

COM SORTE, UM!

Quem eu quero não me quer, e quem me quer não me interessa. Essa é a minha resposta – e de muita gente, acredito – quando alguém pergunta “por que você está sozinho?”.

Mas, parando pra pensar, quantos grandes amores você pode ter na vida? Desses de conhecer sua alma gêmea de uma forma inusitada, como acontece nos filmes?

– Se você tiver sorte, um.

Mas como assim um? Calma, tem toda uma filosofia por trás desta resposta que eu, após muito matutar, obtive.

Todos buscam o par perfeito. Aquela menina que goste do que tu gosta, que seja como você sempre sonhou e que tome cerveja e pule contigo na primeira fila do show da Cachorro Grande ou do Matanza. Porém todos sabem que as chances de encontrar este par não são muito altas, e se encontrar, as chances de rolar algo são menores ainda.

Muitas pessoas que você encontra no dia-a-dia até podem ser este par ideal. Observe:

Quantos brotos que cruzam com você na rua, que lá de longe já são visualizados, e poderiam dar este ótimo par. Mas o máximo que acontece é uma troca de olhares, talvez um sorriso, e pronto, você nunca mais verá a pessoa na vida. É como se fosse uma conspiração universal contra você.

Ou então quando você avista a pessoa, se aproxima, começa a conversar, se apaixona instantaneamente, porém como o universo conspira contra você, cinco minutos depois chega o namorado, o noivo ou, no pior caso, o marido? Aí duas coisas podem acontecer: o cara ser seu amigo e, por acaso, se eles terminarem, você terá que apoiá-lo e não poderá se aproximar da ex. Ou o cara ser um completo desconhecido e, por educação, você vai embora e nunca mais vê nenhum dos dois.

Ainda tem o caso de você realmente conhecer alguém interessante e que esteja sozinha. Provavelmente ela vai estar a vários quilômetros de distância. Se ela estiver perto, você irá demonstrar interesse demais e assustá-la ou, vai ficar receoso e, não irá demonstrar interesse. Aí vocês provavelmente virem amigos e acaba por aí.

Mas se você tiver sorte, em uma destas ocasiões o universo se esquecerá de conspirar contra você. Aí você conhece alguém interessante, e vive um grande amor. Mas se isto não acontecer, você conhecerá alguém legal e acabará casando do mesmo jeito. Porém, neste caso, não será uma coisa de cinema.

Enfim, que nós encontremos o nosso e vivamos felizes!

Abraços,

Luís.

 

Read Full Post »

ÓCIO CRIATIVO

Quase no fim dos meus 13 anos comecei a trabalhar em um escritório de advocacia, meu primeiro emprego. Eu era o faz tudo de todo mundo, na hierarquia eu ocupava a última posição, mas era praticamente a mesma coisa todos os dias, pegar processos, devolver processos, levar cartas no correio, pagar as contas do escritório e dos chefes, e mais algumas coisas. Quase quatro anos depois de entrar, pedi a conta. Isso foi a dois meses atrás, com o objetivo de estudar para passar no vestibular da UFSC, no mês que vem.

Agora, desempregado, fico em casa o dia todo. Estou estudando, mas não é esta a questão. Os primeiros dias em casa, não sabia bem o que fazer, era estranho não ter o que fazer. Então depois da primeira semana e de muito descanso, criei uma agenda para não ficar tão perdido. Programei o despertador para às 8h30 e estabeleci que pela manhã faria minhas tarefas escolares, o almoço, que ficou por minha conta já que sou o único que não sai de casa, e faria os deveres domésticos que minha mãe solicitasse. Depois do almoço, mais precisamente do descanso pós-almoço, era enfiar a cara nos livros até às 17h30, me arrumar, tomar café e ir à aula.

Depois desta história toda, vamos ao ponto: Ficar em casa me fez, ao que me parece, ficar mais criativo. Talvez a ausência de tantas responsabilidades que eu tinha no escritório que trabalhava deram espaço para pensar em coisas novas, ou talvez tempo para isso. O fato é que em minha nova agenda de afazeres, tem me sobrado um pouco (ou muito) tempo. E somado com toda essa criatividade despertada após pedir demissão, tem me trazido alguns resultados interessantes.

Por exemplo, sempre fui fã de artes, mas nunca fui um bom desenhista, tanto que a única matéria que fiquei em recuperação na vida foi justamente artes (pois na escola eles cobram que você desenhe bem, e não saiba a história dela). Mas a umas semana atrás pintei um quadro, e fiquei super satisfeito com o resultado. Está certo que não foi um desenho, foram só cores aplicadas a tela de forma abstrata, mas enfim, nunca tinha me passado pela cabeça fazer isso.

Voltei a tocar com uns amigos que tocava antes, mas tinha deixado a banda por falta de tempo, e agora está vingando, estamos com uma agenda bem jóia por ser uma banda recente. E é dela que eu tenho tirado uns pilas para meu sustento (leia-se festas). Não é exatamente o som que quero fazer (rock) mas temos feito uns medleys com canções de rock que tem sido a nossa marca, e mesmo assim o som ainda continua comercial e garante nossa agenda.

Também virei um leitor mais assíduo e comecei a estudar fotografia, que sempre fui fã, e tenho acompanhado de perto coisas que antes eu não tinha muito tempo para fazer. O ócio está sendo tão criativo que até virei blogueiro. Minha lista de links agora tem seis opções para você visitar, antes nem havia lista de links porque eu só tinha Orkut. (hehe)

Agora tenho medo de não passar no vestibular, pois se isso acontecer, ano que vem eu vou voltar a trabalhar, para pagar um cursinho, e talvez toda essa criatividade vá embora, ou não. Talvez ela sempre estivesse em mim, e eu procrastinava tudo isso com a desculpa de não ter tempo.

Abraços e boa semana pra todos,

Luís.

Read Full Post »